Biópsia (procedimentos).
A chave para um tratamento apropriado e um prognóstico preciso, é a realização de de um diagnostico acurado. Este pode ser alcançado, em grande parte dos casos, apenas por procedimentos simples como biópsias e avaliação histopatológica.
Técnicas de biópsia
O material para exame histopatológico pode ser obtido a partir de várias técnicas, são elas:
Biópsia incisional
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É um método pré-operativo onde são retiradas amostras do tumor.
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É indicada se o tipo de tratamento (cirurgia versus radiação versus quimioterapia) ou a extensão do tratamento (ressecção conservativa versus agressiva) possam ser alterados com o conhecimento do tipo tumoral.
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A biópsia é incisional é particularmente importante em casos onde ocorre difícil acesso cirúrgico para reconstrução, como por exemplo, extremidade distal, cabeça e pescoço, ou se os procedimentos propostos significam morbidade (maxilectomia ou hemipelvictomia).
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Útil em pacientes em que a anestesia geral, necessária para procedimentos excisionais, pode resultar em alto risco de complicações.
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São tipicamente usadas em pacientes com grandes massas que são difíceis de serem retiradas por inteiro.
Instrumentos necessários
O Punch ou saca bocado ou saca bocado de 4 a 6 mm: Utilizado em lesões que envolvam a epiderme e derme, não é ideal para lesões em panículo e subcutâneo e úlceras. Biopsiar com este material apenas a área lesionada e não a interface entre área sã e lesionada (ver também dermatohistopatologia).
Bisturi: Indicado em casos de lesões ulceradas, lesões grandes e lesões localizadas em panículo, subcutâneo. A amostra obtida para realização do exame histopatológico precisa ser manuseada delicadamente para evitar artefatos induzidos. Evitar o uso de eletrocautério e pinçamento da amostra. Encaminhamento com histórico pertinente e exames complementares.
Biópsia guiada por imagem
A coleta de espécimes de biópsia profunda de tecidos guiada por ultra-som mostra-se um método prático, seguro, e fácil de se realizar na prática veterinária. O método pode indicar com precisão, um foco ideal para avaliação histopatológica de uma determinada lesão, além de poder ser realizado em ambiente ambulatorial. Diz-se passível de ser submetida à biópsia guiada por ultra-som, qualquer massa sólida, ou com áreas sólidas, que permitam a passagem de ondas sonoras, localizadas em cavidades corpóreas (torácica, abdominal, pélvica), musculatura esquelética, subcutâneo e pele. Da mesma forma, a fim de se direcionar um estudo detalhado da estrutura parenquimatosa de órgãos sólidos, tais como, fígado, rins e próstata.
Qualquer paciente pode ser submetido à biópsia guiada por ultra-som desde que aptos à sedação ou anestesia, e que apresentem eritrograma e contagem de plaquetas normais.
O material utilizado para este propósito, além do aparelho de ultra-som, inclui instrumentos e material para sutura de pele, frascos e formol 10% para acondicionamento dos espécimes coletados e, geralmente, agulha do tipo Tru-Cut de 14 a 16 Gauge. O comprimento da agulha varia de acordo com a profundidade da área a ser biopsiada. O procedimento não requer cuidados nosocomiais e o paciente pode liberado na data da coleta.
Finalmente, a técnica pode ajudar na coleta de fragmentos em lesões ósseas, detectando “janelas” na superfície óssea que são utilizadas na intenção de se obter material representativo.
O que fazer com a amostra de biópsia
As amostras devem ser fixadas e acondicionadas como descrito anteriormente nos procedimentos básicos de envio. Amostras obtidas de diferentes áreas ou órgãos devem ser colocadas em frascos distintos, e devidamente identificados, para serem analisadas separadamente pelo Patologista. Esse procedimento assegura que o Clínico / Cirurgião tenha informações mais específicas, e escolha a melhor conduta para cada afecção. Para avaliação da margem cirúrgica faz-se necessário o envio da peça inteira, ou de fragmentos da peça e das margens. Neste caso os fragmentos de magens devem ser acondicionados em conteiners separados e identificados. Se os fragmentos das margens forem acondicionados no mesmo frasco podem ser marcados com fios de sutura, ou tingindos com tintas específicas em cores variáveis.
Biópsia excisional
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É um método onde o tumor é retirado por completo.
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Útil quando o tipo tumoral não muda o tratamento ex: lobetomia pulmonar de uma massa solitária.
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Útil em massas pequenas onde a ressecção cirúrgica com margem livre é fácil, e o tratamento torna-se curativo
Biopsia endoscópica
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Usada em lesões superficiais do trato gastrointestinal, respiratório e urinário baixo.
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É uma técnica conveniente de bom custo benefício e geralmente adequada, porém pode ocorrer inadequada representatividade e visualização devido ao tamanho limitado da amostra, quando comparado com outras técnicas.
Biopsia via laparoscopia
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A melhor indicação é quando os procedimentos clínicos e exames complementares anteriores sugerem doença inoperável ou difusa
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